O BB TEM DIREITO AO SUPERAVIT ?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

 

A resposta é óbvia e simples. NÃO.  Não, o BB não tem direito ao Superavit.  Nunca teve. Os patrocinadores dos fundos de pensão passaram a ter direito ao superavit somente após a famigerada resolução 26, instituída em 2008, pelo Conselho de Previdência. Das duas liminares obtida, uma caiu, a do Sindicato de Brasilia sob o fundamento de que a crise havia deixado os bancos vulneráveis e não poderiam ser prejudicados, e a outra da FAABB ainda se mantém, justamente a que impede a transferência de recursos para o Banco do Brasil antes do julgamento de mérito da demanda.

Então o superavit é nosso, é todo dos participantes da PREVI ?  Sem dúvida.  E como o BB se apropriou de parte dele ?  Contabilizando como expectativa de receita futura, baseado em parecer de seu Departamento Jurídico ou de um escritório de advocacia especializado. Daí se dizer que os recursos não sairam da PREVI. Outros afirmam que o BB contabilizou sonhos, um castelo de cartas, meras esperanças, que poderão não se concretizar.  Outros declaram que o discutido superavit sequer existe. Que se trata de uma ilusão ou de uma manipulação contábil.

O mais grave nesse processo, para mim, são aqueles que acreditam que uma distribuição do superavit poderá enfraquecer a PREVI e colocar em risco no futuro os benefícios mensais que recebem.  Há que ter muita prudência, muita cautela, afirmam. Aliás, isso também se verificou por ocasião da garfada do IGPDI em 2003.  Queriam ficar com os 18% pois tinham medo que os 30% iria quebrar a PREVI.  Tive grande dificuldade, na época, de convencer alguns importantes dirigentes de nossas entidades de que os números eram a nosso favor.

Respeito a opinião de todos e não sou o dono da verdade. Apenas analiso com profundidade os fatos, à luz dos preceitos legais e contábeis, assessoro-me dos sábios, doutos e técnicos, e procuro me valer do indispensável bom senso para tomar decisões e atitudes.

No caso presente sou favorável a uma negociação nossa com o BB. Uma negociação dura, já que o BB pisou na bola avançando o sinal e calculando para mais os valores contabilizados. Sou favorável a uma negociação imediata para que a questão não se arraste por muito mais tempo, eis que não dispomos dele.  Um médico, em palestra recente, declarou que a única coisa inexorável na vida é a passagem do tempo e a morte. Diversos colegas e amigos meus faleceram sem desfrutar um centavo do superavit. Faleceram magoados e chorando a falta que lhes fez.

A discussão jurídica do superavit vai se fazer num fôro adverso para nós. O STF e o STJ são dominados por ministros nomeados politicamente, pelo presidente da república.  Lá no STJ está, por exemplo, o Ministro Noronha, ex consultor jurídico do Banco do Brasil, que estava no BB quando houve a apropriação dos 5 bilhões da PREVI em 1997. Difícil vencer essa barreira.

Pessoalmente gostaria de não dividir o superavit com o BB. Mas não dá. Se houver uma vitória, será uma vitória de Pirro, sem glória, sem resultados. Mas, como já disse, defendo uma negociação dura. Quero dividir o superavit, mas que ele venha com os 80% para as pensionistas, com a isonomia da renda certa, com a solução para os litígios da cesta alimentação, com o atendimento de outras justas reivindicações, e que não se olvide de exigir a retroatividade.  Se o BB está pressionado e acuado, nossos negociadores tem que ser implacáveis, devolvendo ao banco o tratamento que desde 1995 tem dado para seu funcionalismo da ativa e para os aposentados e pensionistas.

E´ a minha modesta opinião, salvo melhor juízo.

O TEMOR DO BANCO DO BRASIL QUANTO AO SUPERAVIT

Perguntam-me, com insistência, sobre qual o temor do BB nessa questão do superavit  e sobre a relevância da observação feita pela Morgan Stanley a respeito das apropriações. 
Acho que o BB agora está pressionado para dar uma solução ao caso por várias razões e deve resolver o impasse até o final do ano, com certeza, pois está a descoberto, tendo em vista que se apropriou indevidamente do superavit da PREVI, existindo uma liminar, e , principalmente, porque se excedeu nos valores, pegando 14 bilhões em vez de oito bilhões, segundo consta.
O temor do BB não é só com o Morgan Stanley, que analisa as demonstrações financeiras com vista ao mercado de capitais e influi nas cotações das ações, mas principalmente com a SEC, organismo importantíssimo a serviço da Bolsa de Nova York, que fiscaliza as empresas que operam lá, como é o caso da VALE e do Banco do Brasil.  A certificação da SEC é essencial para a credibilidade contábil e suas observações obrigam muitas vezes as empresas sob seu controle a revisar balanços e efetuar correções e estornar valores.
DSC00064

O balanço anual do BB está próximo. Faltam apenas NOVENTA DIAS, que passam rápido.  E´ vital para o BB que tudo esteja em ordem, que não pairem dúvidas sobre seus critérios contábeis.  E  é dessa circunstância que nós temos que nos aproveitar agora por ocasião das negociações do superavit, exigindo não só sua distribuição justa e equânime, como também a solução para a renda certa e para o aumento do percentual das pensionistas, no mínimo. E no caso da distribuição não se pode esquecer da retroação.
O desespero do BB pode ser aquilatado pela nota ontem distribuida pela PREVI que dá conta da contratação justamente da Morgan Stanley, que contestou as demonstrações do banco, para avaliar os ativos da Neo Energia e da CPFL.  Porque ela ?
Amanhã comentarei sobre como vejo a participação do BB no superavit.

REUNIÃO SOBRE O SUPERAVIT EM BRASILIA COM O BB

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Acabei de falar com Isa Musa Noronha, presidente da FAABB, a respeito da reunião de que participou ontem em Brasilia com o Banco do Brasil para tratar do superavit.

Em sua opinião tratou-se da primeira reunião, onde foi dado o ponta pé inicial para as conversações e negociações envolvendo as nossas reivindicações e a pretensão do Banco.

Na mesa estavam os eleitos da PREVI, a CONTRAF-CUT, a AAFBB, a FAABB e a ANABB, representadas por seus principais dirigentes. Do lado do BB, o diretor Carlos Eduardo Leal Neri, diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas, subordinado ao Vice Presidente Robson, foi o mais importante interlocutor.  O diretor Neri já foi da PREVI e há pouco presidiu a Cassi. E´ personagem conhecido do funcionalismo do BB.  Conheço-o pessoalmente e tenho dele a impressão de pessoa afável e de bom trato, sendo possível estabelecer um diálogo com ele, embora quanto à sua passagem pela CASSI, que foi rápida, pairam algumas dúvidas sobre sua atuação.

O diretor Nery foi positivo ao afirmar que o Banco deseja o cumprimento da resolução 26, pois seu serviço jurídico opina no sentido da legalidade da resolução e por isso o BB se apropriou de parcelas do superavit. O BB quer 50% do superavit, conforme faculta a resolução 26.

As reivindicações feitas pelas entidades presentes foram amplas - tratava-se da primeira reunião - no sentido de que além da distribuição do superavit tem que vir a correção do percentual das pensionistas para 80%, o fim do voto de qualidade a favor do BB, a restauração do quadro social e outras mais, já arroladas em notícias anteriores.

Foi marcada uma nova reunião para o dia 18 de outubro, em Brasilia, para dar seguimento às negociações.

DOENÇA DE ALZHEIMER

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Comemora-se em toda a parte o dia internacional da doença de alzheimer, essa enfermidade que aflige especialmente os idosos e cria um quadro doloroso para os familiares.

Aqui em Porto Alegre, conforme sábado noticiou a Zero Hora, houve uma sessão especial no salão do Hospital Mãe de Deus hoje, segunda feira, dia 27, com início às 14,00 e que somente agora teve seu encerramento, com debates e apresentações de médicos, terapeutas e psicólogos, com grande frequencia de interessados. Eu participei do painel na condição de advogado especializado nessas causas.

A reunião foi promovida pelo Hospital e pela Associação Brasileira de Alzheimer, Sub-Regional de Porto Alegre, que é magnificamente presidida pela Sra. Iara Primo Portugal, pensionista da PREVI e associada da AFABB-RS.

Há muitos anos que Dna. IARA, merece nome em maiúsculo mesmo, se dedica a ajudar os familiares dos doentes de Alzheimer, desde que seu esposo, aposentado do BB, contraiu a enfermidade. Eu acompanho a dna Iara desde os primórdios do movimento e sou testemunha de sua dedicação e zelo.

A doença de Alzheimer tem aumentado ultimamente em virtude da maior longevidade e também de maus costumes que afetam os idosos, como o sedentarismo, a acomodação, a depressão, má alimentação, a solidão, problemas cardio-vasculares resultantes do colesterol e da hipertensão, entre outros.

Conheço e tenho lidado com inúmeros casos envolvendo colegas aposentados e pensionistas do Banco do Brasil, ora para requerer isenção de imposto de renda, ora para fazer interdição judicial, nos casos mais extremos, ora para lidar com falcatruas que os doentes são vítimas, cada vez mais sofisticadas à medida que avança a internet.

Existem problemas jurídicos peculiares. A doença de alzheimer, por exemplo, não é reconhecida pela Receita Federal para fins de isenção do imposto de renda. E´necessário requerer como se o doente fosse portador de demência ou alienação mental, incapacitado para os atos da vida civil., o que muitas vezes as famílias não gostam. As procurações para os bancos precisam ser cuidadas, pois perdem a vigência e os mandatários continuam representando os enfermos  indevidamente e podem ser responsabilizados pelo excesso.

No encontro de hoje ficou evidente que o principal elemento que deve preponderar nos cuidados com o doente de alzheimer é o amor e o respeito à sua dignidade. Nesse sentido, foram dados tres depoimentos de casos concretos que emocionaram a todos os presentes.

Parabéns à sra. Iara Portugal e todas as suas colaboradoras pelo eficiente e benemérito trabalho que realizam ! Merecem nosso aplauso e nosso apoio !

NOVA REUNIÃO SOBRE O SUPERAVIT COM O BANCO DO BRASIL EM BRASILIA SEGUNDA FEIRA

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Acabo de receber informação de Isa Musa que a PREVI convidou a FAABB para uma reunião em Brasilia, dia 27, segunda feira, às 15,00 horas com o Banco do Brasil, para iniciar as conversações a respeito da destinação do superavit.

Achei alvissareira a notícia de que a FAABB foi convidada para participar da reunião, o que, sem dúvida, é um avanço na matéria a respeito de quem nos representa e coroa um esforço de Isa Musa nesse sentido, desde o ano passado.

O que não entendi bem é porque o convite veio de parte da PREVI e não do Banco do Brasil, mas mais tarde saberemos...

Isa chama atenção de que o acordo da VALIA está fazendo bastante pressão na internet e deve ser um dos motivos que está agilizando a retomada das negociações, tendo em vista que a posição de Sergio Rosa está desconfortável por ser o presidente do conselho de administração da VALE. Essa sempre foi a minha proposta, porém no mínimo 10% e mais um abono de um benefício extra, um 14° .

Logo que tiver notícia da reunião colocarei no blog, em edição extra, como está acontecendo agora.

Meu palpite é que vai preponderar a proposta já ventilada da CONTRAF CUT de apenas 8% com um piso mínimo de R$ 500,00.

Quem viver verá!

AVALIAÇÃO DO BLOG

Hoje completam vinte e quatro dias que iniciei o blog a sério, escrevendo diariamente. Segunda feira, dia 27, virá meu professor de informática me dar aula e aperfeiçoar o blog.  Preciso informa-lo a respeito das principais alterações e melhorias.

A proposta que me fiz, inicialmente, foi a de oferecer aos colegas aposentados e pensionistas do Banco do Brasil um instrumento de acesso pela internet que oferecesse uma análise diária dos assuntos que nos interessam, bons ou maus, em linguagem despojada e objetiva, sem pretensões literárias.

O estilo escolhido é o de uma crônica/artigo, a exemplo do que faz o Paulo Santana na Zero Hora, que comente os principais problemas referentes à PREVI, CASSI e BANCO DO BRASIL, trazendo, ainda, informações sobre viagens e outros assuntos pertinentes. Por fim, esclarecimentos sobre temas jurídicos e de ações judiciais.

Em nosso meio existem diversos outros tipos de comunicação pela internet. Alguns reproduzem as notícias da imprensa.  Outros se prestam ao debate.  Os sites das nossas entidades e os informativos igualmente são fontes importantes que nos mantém atualizados do que se passa. Mas nenhum nos moldes do que me propus em meu blog.

Uma das minhas preocupações era de que o blog não representasse para mim um peso muito grande em meus afazeres diários, que me obrigasse a um certo sacrifício na busca de assuntos ou na pesquisa das soluções.  Não foi.  Existem assuntos sobrando. E nunca demorei mais do que quinze minutos na elaboração das postagens. Daí decorrem diversos erros de portugues e a falta de revisão.

Não tenho recebido muitos comentários no blog. Os colegas tem preferido escrever para o meu email jbmmedeiros@terra.com.br ou jbmafabb@terra.com.br.  Gostaria de que houvesse mais participação ativa no blog e estou disposto a reproduzir comentários daqueles dispostos a colaborar com idéias e sugestões sobre os temas abordados ou que apresentem assuntos que gostariam que fossem analisados.

Entre as sugestões recebidas figura a de que eu propicie maior interatividade no blog, para que haja um debate comigo sobre as matérias abordadas, feita pela Isa Musa, presidente da FAABB. Não é o propósito do blog, mas vou ver se produzo um grande debate por mes, e aí participam aqueles interessados.

De qualquer maneira, é muito gratificante ter recebido apoio e incentivo de vários colegas, vindos dos mais afastados pontos do país, como do Rio Grande do Norte, Amazonas, Bahia, Sergipe e Minas Gerais, demonstrando que o blog ultrapassou as fronteiras do meu Rio Grande do Sul.

Fico totalmente aberto às sugestões de voces e agradeço sinceramente ao apoio e ao carinho recebido.

OS PERIGOS DO CHEQUE

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Continuo com problemas com o Banco do Brasil.  Ontem fui num caixa eletrônico da rua 24 de Outubro, próximo à Agência Moinhos de Vento, imprimir oito cheques. O que aconteceu ?

Os cheques vieram com defeito de impressão.  O nome Banco do Brasil saiu invertido e os dados meus e de minha conta estão desalinhados, invadindo os cheques de baixo, uma mixórdia.

Uma senhora que lá estava me disse que com ela também tinha acontecido a mesma coisa, e que  ia na Agência Moinhos reclamar e pedir ajuda. Fomos juntos e lá nos deparamos com um tumulto, pois dos tres caixas eletrônicos um não estava funcionando desde quinta feira passada e existiam cerca de vinte pessoas na fila, alguns reclamando de uma única funcionária que, pacientemente, procurava dar explicações e ajuda.

Resultado: não consegui resolver o meu problema com os cheques, pois se tratava de um problema técnico. Hoje vou ver se foi solucionado. Mas é triste observar o grau de insatisfação com a qualidade de atendimento atual do Banco do Brasil, o maior banco do Brasil, certamente não o melhor.

Nessa questão de cheques é preciso ter muito cuidado atualmente, pois existem técnicas modernas de fraudes que colocam em risco a sua utilização. Comigo já aconteceu um caso, na praia de Xangri-la, onde veraneio.

Comprei umas toalhas de uma vendedora conhecida que negociou o cheque. Entregue na compensação, constatou-se que o valor dele havia sido transformado de R$ 140,00 para R$ 1.400,00. Como ?  O fraudador se utiliza de uma borracha para tinta esferográfica que apaga os números e as letras. Aí preenche com os valores que quiser.

No meu caso o Banco pagou. Eu reclamei e foi constatada a fraude, aliás grosseira. Aí o Banco instaurou um processo, mas me restituiu o valor.

Outra fraude comum é quando a pessoa que vai receber o cheque se propõe a preenche-lo ou entrega uma caneta esferográfica para que a gente preencha. Essa caneta tem uma tinta especial que desaparece algumas horas depois e aí o caminho fica fácil para o golpe.

Tem mais uma maneira de fraude que já me aconteceu. Um cheque preenchido com tres mil reais ser transformado em trese mil reais. E´ só colocar um 1 e um e.

Portanto, cuidado com os cheques.  Eles vêm sobrevivendo mas estão cada vez mais perigosos.  Nesse sentido, sempre que o banco usar de precaução em nome de nossa segurança é bom.  Mas não pode se omitir de se comunicar e manter um saudável relacionamento com a clientela, especialmente seus ex-funcionários, aposentados e pensionistas.

Como dizia o Chacrinha:  quem não se comunica se trumbica.

EMPRÉSTIMO SIMPLES: AUMENTO DO TETO E DO PRAZO

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Conforme esperado, em reunião de diretoria de ontem, a PREVI aumentou o teto do empréstimo simples de R$ 75.000,00 para  R$ 100.000,00, bem como o prazo de pagamento de 72 para 96 meses.

Essa era uma reivindicação feita por diversos associados que promoveram campanha junto à diretoria da PREVI, em especial perante a Diretoria de Seguridade.

Em princípio o diretor Sasseron manifestou uma certa contrariedade em virtude do grau de endividamento dos participantes aumentar bastante com as alterações. Mas foi derrotado pelos argumentos daqueles que, não contemplados com o superavit nem com o renda certa, estavam necessitados da ampliação do empréstimo.

No final da nota sobre a aprovação a PREVI chama a atenção para o uso consciente do empréstimo, enfatizando que, embora o aumento do prazo do empréstimo simples produza como efeito o pagamento do montante, a medida apresenta como consequencia a redução do valor da prestação  e a melhoria da capacidade de pagamento. Porém, antes de tomar o empréstimo simples, o participante, diz a PREVI, deve avaliar se o endividamento é realmente necessário.

Entre as alterações efetuadas consta o retorno do critério antigo de carência de seis prestações pagas a partir da contratação e a mudança quanto às taxas de quitação por morte, que agora será de 0,9% sobre o saldo devedor para participantes com até 69 anos e de 2% para quem tem 70 anos em diante. Eu estou nesta última categoria.

Leia mais detalhes no site da PREVI, que vai anunciar em breve a data em que as novas normas entrarão em vigor.

REUNIÃO DE SÃO PAULO SOBRE O SUPERAVIT

terça-feira, 21 de setembro de 2010

As primeiras notícias sobre a reunião acontecida em São Paulo com os diretores eleitos da PREVI, promovida pela AFABB-SP, não são boas.  Nada de positivo restou.

Em minha modesta opinião o BB está apressado por uma negociação tendo em vista que o Banco Morgan Stanley denunciou que o balanço estava inflado pela contabilização inadecuada ou exagerada de valores do superavit da PREVI, causando um desconforto no mercado de capitais e interferindo na valorização das ações do banco. Foi o único que reclamou, mas fez estrago.

O BB já se apropriou de 14 bilhões do superavit, o que é um verdadeiro roubo, pois, conforme Sasseron, no máximo poderia se apropriar de oito bilhões. Os diretores da PREVI continuam defendendo a história de que os recursos não sairam da PREVI, de que o que o banco contabilizou é mera expectativa de receita futura. Essa é uma história para boi dormir, porque depois de contabilizado como a gente vai fazer para que haja o estorno. Voluntariamente o BB nunca vai tomar essa decisão, que jogará lama sobre seu nome no mercado de capitais.

Causou mal estar aos participantes da reunião constatarem que a CONTRAF CUT estava na mesa principal e que, em determinado momento, foi dito que ela representava legalmente os aposentados e pensionistas, além do pessoal da ativa.  Será ?  Vou ter que estudar esse assunto, a pedido de vários colegas inconformados.

A CONTRAF CUT informou que já procurou a diretoria do Banco do Brasil para iniciar as conversações a respeito da destinação do superavit, mas, embora tenha sinalizado positivamente, ainda não houve designação de data.

Ficou a impressão de que sobrou para nós apenas dois bilhões do superavit para ser distribuido não se sabe quando.

Enquanto isso na VALIA, o fundo de pensão da Vale do Rio Doce, a proposta encaminhada à PREVIC é de 25% de aumento dos benefícios mensalmente enquanto durar o superavit, mais um abono anual de tres benefícios. Mas que inveja !

UM DOMINGO NA ESTÂNCIA IPÊAÇU COMENDO CHURRASCO

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Regressei do Uruguai e no interior de Uruguaiana fui comer churrasco de cordeiro na estância Ipêaçu, de minha irmã Maria Teresa e do meu cunhado Ottoni Bastos.
Eles estavam inaugurando a casa que lá construiram, um sonho de muitos anos. A casa, toda avarandada, ficou linda e muito confortável, decorada com capricho e bom gosto.
A estância fica às margens do rio Touro Passo, um dos principais do município, com um mato espesso e nativo. Quando tem estiagem, em suas barrancas é possível encontrar alguns fósseis muito interessantes, que dão a entender que ali pode ter sido mar antigamente.



Oportuno  é recordar que quando eu era funcionário do Banco do Brasil em Uruguaiana recebia a incumbência de levar numerário para a Agência de Itaqui, distante cerca de cem quilômetros.  Naquela época não existiam pontes e tínhamos que passar de balsa pelos rios Touro Passo e Ibicuí, e, conforme o estado da rodovia de terra, barro e areia, levávamos de tres a cinco horas de viagem. Íamos de ônibus, sempre em dois.  Motoristas do ônibus e passageiros sabiam que levávamos dinheiro nas malas acintadas, mas nunca houve nenhum assalto.Caso houvesse a recomendação do gerente era não revidar, pois nos davam dois revólveres 38 para portar. Outros tempos. Agora seria uma temeridade. Estou chegando em Porto Alegre e escuto pelo rádio a notícia de que o shopping Moinhos de Vento, ao lado de onde moro, foi assaltado às 15,00 horas por dois homens armados que levaram trinta mil reais das Casas Americanas, e fugiram…
O churrasco, assado pelo Mauricio, filho caçula do casal, estava delicioso.  O forte da propriedade é a plantação de arroz, que é feita mediante irrigação por gravidade de uma enorme barragem. Mas também existe criação de gado e de ovelhas.  No mato ainda existem capivaras em grande quantidade, e nos campos as perdizes e lebres desfrutavam da bela tarde de sol.
O Banco do Brasil fez em Uruguaiana um grande trabalho na área rural, financiando barragens e lavouras, quebrando o ciclo das secas periódicas que antes assolavam a região, e transformando a economia do município de pastoril em agrícola. Também procurou estimular o setor industrial, com o financiamento de um grande frigorífico e de uma lavanderia de lãs, que, infelizmente, não lograram sucesso.
Uruguaiana sempre se destacou por possuir os melhores rebanhos bovinos da raça europeia, Hereford, Angus e Devon, bem como ovinos,  e hoje é uma das principais lideranças em equinos da raça crioula. E foi em Uruguaiana que foi fundada a primeira destilaria de petróleo do Brasil, que deu posteriormente origem à Ipiranga, de Rio Grande.
Um dia como esse que passei na estância Ipêaçu me remete às minhas raízes e me faz um bem danado para a alma, revigora minha têmpera e me faz lutar pelos ideais que me animam.  Volto de espírito renovado.

TERMAS DE SALTO GRANDE

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

No Departamento de Salto, Uruguai, existem tres estacoes termais muito importantes e famosas. As termas de Arapey, a cerca de 50 quilometros de Barra do Quarai, fronteira do Brasil, contigua a Bella Union. As termas de Salto Grande, a 10 quilometros da cidade de Salto, junto â represa de Salto Grande e da ponte que internacional que liga Salto a Concordia na Argentina.  E as termas de Dayman, 14 quilometros depois de Salto, mais popular.

Estou no Hotel Horacio Quiroga, onde ficam as termas de Salto Grande.  Um belo hotel, cinco estrelas, rodeado por um magnifico parque florestal de cerca de duzentos e trinta hectares, costeando o rio Uruguai, ou melhor o lago formado pela represa.

O hotel tem tres piscinas, uma interna, e as externas estao junto ao rio Uruguai, âs margens do rio, com vistas para a represa e com um por do sol maravilhoso, detras de salsos choroes ou de paraisos ou cinamonos.




As aguas sao super quentes, nascem com 48º e vao para a piscina com 45º. As vezes, quando o sol está muito forte, fica até insuportável.  Mas o calor das aguas fazem um bem danado para quem sofre de reumatismo ou de dores da coluna. Além disso, uma das qualidades da agua é ser potável, sendo ótima para quem sofre de pedras no rim e de gastrites estomacais.  Em toda parte se ve gente tomando baldes de agua, alguns misturam com limao galego ou laranja, que aqui é a terra das laranjas, um dos principais locais de produçao de laranjas do mundo, em Salto e no lado argentino em Concordia.

Uma das coisas que me agradam neste hotel, ao contrário por exemplo das termas de Arapey, é que nas piscinas nao ficam tocando musica o tempo todo.  Aqui reina o silencio e aí o que se escuta é o canto dos pássaros e o doce murmurio das águas do rio, as vezes um dourado pula no rio, peixe mais lindo nao há..  O rio Uruguai significa em linguagem indígena o rio dos pássaros.  Entao é possível descansar os ouvidos do barulho da civilizacao e curtir o verde infinito das paisagens, os eucaliptos centenários, os pinheiros, os cedros que parecem arvores de natal, as velas empinadas para o ceu. E o crepusculo vermelho que dura quase uma hora, quando o sol se poe no horizonte.

Como está chegando esse hora preciosa, que convida para uma oracao, para uma meditacao, para lembrancas, e , principalmente, para agradecimentos ao Criador pelos momentos de felicidade que nos proporciona, vou parando por aqui, prometendo fotos para a próxima semana, para voces incluirem este local entre os mil lugares que devem visitar antes de morrer. Tem passeio de catamara. gratuito, visita â barragem de Salto Grande, um parque aquàtico com aguas termais espetacular, de graca também, visitas â cidade de Salto, que é linda, está â beira do rio.

Há muitos anos fui convidado para prefeito de Uruguaiana, na época em que era nomeado, por ser cidade fronteirica, entao considerada de seguranca nacional, isso em 1971 e depois em 1978.  Se tivesse aceito, minha esposa Ana nao deixou, teria feito uma obra baseado na cidade de Salto. Teria feito em Uruguaiana uma rodovia costaneira, na beira do rio Uruguai, ligando a ponte ao arroio Cacareu, e com isso desenvolveria a regiao ribeirinha e nao daria âs costas para o rio, como acontece até hoje. Estive visitando hoje a costaneira de Salto e me encantei. Mas sao coisas do passado.

NUMEROS DO SUPERAVIT PARA DISTRIBUICAO

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O que mais me impressiona nessa questao do superavit é que desde 2006 existe uma considerável quantia a ser distribuida que os aposentados e pensionistas deixaram de receber, excecao feita no caso do renda certa e dos outros beneficios especiais, considerados ajustes de beneficios.  Nao conta a suspensao das contribuicoes que se constitui num mero detalhe e seria um absurdo se nao estivesse acontecendo, apesar de alguns descrentes.

Esse imenso volume de recursos ficar bloqueado por conta da resolucao 26 é outro absurdo, pois deveria ser concedido, no mínimo, a parcela incontroversa.

De maneira que os diretores da Previ nao fizeram a distribuicao porque nao quiseram, porque o Sergio Rosa nunca foi favoravel a melhorar beneficios, sempre achou, junto com outras liderancas do movimento sindical ligadas à articulacao,que o pessoal pre 67 ganhava demais. E se nao fizeram devem ser responsabilizados pois muitos participantes morreram nesse periodo necessitando desses recursos. A desculpa de que a resolucao 26 emperrou as negociacoes é muito fraca e nao convence.  O BB nao deixou e a diretoria e os conselhos da Previ se curvaram â vontade do banco.

NUMEROS levantados pela PREVI apresentam os seguintes valores atualizados: ativo líquido:  117 bilhoes - Superavit: 44 bilhoes  -  Reserva contingencia: 18 bilhoes -  reserva especial (sem a resolucao 26) : 22 bilhoes - reserva especial (com resolucao 26) : 17,5 bilhoes.

Cálculos da Previ indicam se for dado 10% para sempre seriam necessarios 12 bilhoes. Se for dado 10% por seis anos seriam necessarios apenas 4,8 bilhoes.

E´preciso salientar que o superavit somente diz respeito ao plano 1.  Ou melhor, é preciso repetir, o superavit é do plano 1, porque o pessoal da ativa que nao faz parte do plano 1 está achando que o superavit é deles tambem.  Vejam só a que ponto chegamos.

Bem, aí vai a minha colaboracao , conforme prometi, para aqueles que vao participar da reuniao do dia 20 em Sao Paulo.

Facam bom proveito.  Continuo escrevendo sem til e c cedilha porque estou no Uruguai e o computador é espanhol.

PASO DE LOS LIBRES - ARGENTINA

Hoje vou falar de coisas mais amenas. Afinal estou relaxando em um belo hotel âs margens do rio Uruguai. Mas amanha darei mais dados a respeito do superavit para aqueles que vao participar da reuniao do dia 20 em Sao Paulo.  Informes a respeito de numeros quentes, elaborados pela PREVI, que dizem quanto podemos utilizar do superavit sem sequer arranhar a resolucao maldita. Amanha.,,


Paso de los Libres fica do outro lado de Uruguaiana e para lá se vai atravessando o rio Uruguai pela ponte internacional, que tem cerca dde dois mil metros de comprimento.  A ponte está velha e já nao dá conta do tráfego que envolve enormes caminhoes e inclusive trem. A aduana é muito movimentada e âs vezes filas imensas se formam dos dois lados. Tem que ter paciencia.

Pouca gente sabe que foi próximo daqui, cerca de quarenta quilometros, que nasceu o grande general San Martin, o conquistador dos Andes, figura histórica que se iguala a Bolivar. Ele é venerado por vários paises e em quase todas as cidades existe uma estátua de San Martin voltada sempre em direcao dos Andes.

A casa onde San Martin nasceu, um casebre de pedras, está em Japeju, uma pequena localidade onde existiu uma das maiores estancias das missoes jesuiticas.  A estancia de Japeju era maior que qualquer um dos sete povos das Missoes, como Santo Angelo ou Sao Miguel, mais ao norte. A estancia de Japeju possuia um dos mais numerosos rebanhos de gado do continente, cuidado pelos indios guaranis, habeis cavaleiros, e pelos charruas, que imperavam nos pampas.

Meu pai, advogado tambem do Banco do Brasil e professor de história do Brasil, por muito tempo pesquisou e procurou o tesouro dos jesuitas, sem exito. Em japeju existe um tunel subterraneo imenso e uma pedra onde se supoe que estivesse gravado um mapa do tesouro. Acontece que alguns poontos geográficos mudaram com o tempo, como, por exemplo, ocorreu com o curso do rio Ibicui, o rio das arteias brancas.

A casa onde nasceu San Martin está guardada inteira dentro de um imenso galpao que é colocada â visitacao. Chama atencao o respeito dos argentinos com esse vulto histórico.  Defronte â localidade está a ilha de Japeju, que ja foi objeto de litigio entre Brasil e Argentina.

O QUE ESTA ACONTECENDO COM O BANCO DO BRASIL

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Como sou ingenuo !  Achei que o problema de atendimento do Banco do Brasil era só falta de pessoal ou de equipamento.  Um colega me garantiu que nao é.  Trata-se de algo mais profundo.

Vejam só. O meu cheque devolvido era de seis mil reais, já o quarto de uma série de seis. O banco já havia pago tres. No momento em que houve a devolucao sem que eu fosse consultado telefonicamente sobre a autenticidade, o que aconteceu ?  Como eu já havia baixado a quantia da minha poupanca para a conta corrente o banco ficou alguns dias com o dinheiro a custo zero. Até o dia 21, quando retornarei.

Meu colega garantiu que isso é uma tática para o banco reduzir custos de captacao e lucrar mais. Que isso já aconteceu com ele. Será ?  Se for é uma tristeza ver a que ponto o banco vai para conseguir o lucro que exibe em seus balancos.  E se isso acontece com nós, pobres mortais, imagine o que acontece com os recursos da Previ, apropriados indevidamente.

Porque isso está acontecendo ?  Diz o meu colega que é por causa do tal indice de Basileia e também porque o Banco do Brasil está incumbido pelo governo da aquisicao de alguns ativos e bancos do país e do exterior.

Há pouco tempo a imprensa até comentou que o Banco do Brasil estaria querendo comprar o Bradesco, com quem tem feito algumas operacoes ultimamente, como aconteceu com a Odontoprev.  Virou a mesa. Em vez do Banco do Brasil ser privatizado pelo Bradesco, agora o que se comenta é que o Bradesco será publicizado pelo Banco do Brasil.

Em que mundo que estamos, nao ?

Estou escrevendo sem til e outros sinais porque o teclado do computador é espanhol.

Estou em Salto, no Uruguai, num hotel termal â beira do rio Uruguai.

QUE BANCO DO BRASIL É ESSE QUE ESTÁ AÍ

terça-feira, 14 de setembro de 2010


Fui na Agencia do Banco do Brasil em Uruguaiana e na porta me encontrei com um ex-colega, Neito Bonotto, ex-prefeito de Uruguaiana.  Ele foi logo me advertindo:  Medeiros esse banco do brasil que está aí está um caos. Ninguem se entende.  Não é nem sombra daquele banco que nós trabalhávamos.

De fato, fui procurar pagar a carta verde, um seguro obrigatório para quem vai para o Uruguai ou a Argentina. Lá ninguem sabia nada. Me mandaram para o caixa 18, depois para o 22, até que um cliente me informou que eu deveria ir para outro prédio onde funcionava o redecard, um novo serviço do Banco do Brasil.

Fui para lá e de fato consegui obter a minha carta verde depois de meia hora na fila, pois dos tres caixas só um estava operando. Depois perdi mais meia hora porque o xerox não estava funcionando e ela necessitou ir na Agência. Nesse meio tempo os clientes ficaram esperando que ela voltasse, indignados, pois nem cadeira tinha para eles sentarem.

|De volta à Agência fui tirar dinheiro para viajar e quase a metade das caixas eletrônicas eatava com problemas técnicos ou emperradas.. Tirei o extrato  e constatei que um cheque meu havia sido devolvido, indevidamente. Liguei para a Agência Estilo em Porto Alegre e não consegui que me atendessem ao telefone. Depois de quase uma hora fui atendido e aí foi a vez de não conseguir falar com o gerente da minha conta, um tal de Cristiano, que há pouco tempo, feito um remanejamento, foi incumbido de gerenciar a mesma. Só veio uma assistente, que não entendia nada e me informou que o cheque foi devolvido por causa de minha assinatura estar duvidosa. Perguntei porque não me telefonaram para indagar se o cheque era autêntico ou não e ela não soube responder.

Antes de viajar falei com a assistente justamente mandando baixar a quantia correspondente para que o cheque tivesse fundos. O gerente estava ocupado não podia me atender. Alias alguem já disse que gerente de conta do banco do brasil é aquela pessoa que nunca está disponível no momento que a gente precisa dele. E´ verdade.  Existem exceções. Mas a queixa é grande.

Acho que desta vez não vou resistir ao assédio e vou trabalhar com o banco Itaú, que tem uma agencia defronte à minha residencia, na rua 24 de outubro, em Porto Alegre.

O que está acontecendo com o atendimento do Banco do Brasil ?  Tem quem diga que o banco está privilegiando o volume de clientela a custa da qualidade do atendimento,  Existem gerentes de conta que possuem como base de trabalho mais de sessenta clientes.  Não tem condições de atendimento.

O tal do gerente Cristiano ficou de me telefonar para dar uma explicação e uma solução para o caso e até agora, final da tarde, nada. Esse Banco do Brasil que me deixa na mão não serve e não me merece.

Amanhã embarco para o Uruguay, onde passarei alguns dias, aproveitando o feriadão do dia 20 no Rio Grande do Sul, a semana farroupilha. Voltarei dia 21. Vou tentar descansar e esquecer um pouco as mazelas do BB.

VIAGEM A URUGUAIANA

Ontem, dia 13 de setembro, viajei para Uruguaiana, minha terra natal, que dista 640 quilômetros de Porto Alegre, pela BR 101.  No caminho fiz um atalho e passei em Livramento para umas compras no free-shop, eletrônicos, perfumes e bebidas valem a pena. Cheguei tarde em Uruguaiana e não deu para postar nada no blog.

Hoje, dia 14, estou aqui comemorando os 40 anos do Marcelo, meu benjamim, o filho menor dos quatro, o único que reside fora de Porto Alegre. Ele é agrônomo e ficou na campanha no exercício de sua profissão.



Uruguaiana está em fase de progresso. Recentemente a revista VEJA publicou reportagem incluindo ela entre as cidades que mais se desenvolveram ultimamente e tiveram crescimento do PIB.

Foi em virtude de sua localização chave para o transporte rodoviário com a Argentina, o Chile e o Uruguai, que cerca de duzentas empresas do ramo se instalaram na cidade, que virou um grande entreposto aduaneiro.

Filas de caminhões se alinham de cada lado da Ponte Internacional que liga Uruguaiana a Paso de Los Libres, ponte que eu assisti a construção e a inauguração em 1946. Tinha oito anos,.  Vieram o Dutra e o Peron.  A Evita veio também e foi a mais ovacionada. Tratada quase como uma deusa ou uma santa.

Fato pitoresco foi que durante a construção da ponte os argentinos se encarregaram do seu lado e os brasileiros do nosso.  Aí veio uma comissão internacional fiscalizar as obras e se deu conta que nunca haveria o encontro no meio, pois os engenheiros brasileiros haviam errado os cálculos. Um vexame.. Tiveram que desmanchar a parte já construida do lado brasileiro e começar tudo de novo.

Outro fato foi que durante os festejos do lançamento da pedra fundamental o consul brasileiro, Ulrich, um dos batalhadores pela obra, ao iniciar o seu discurso, emocionado falou: Este é o dia mais feliz da minha vida. Ecaiu fulminado por um ataque cardíaco e morreu.

Foi em Uruguaiana que ingressei no Banco do Brasil em 11 de abril de 1957. E é para a agência do banco que estou indo neste momento visitar.

O SUPERAVIT PEGOU FOGO

domingo, 12 de setembro de 2010

Os atuantes colegas Raposo e Paim fizeram oportunos comentários no meu blog sobre a questão da distribuição do superavit, que está fervendo na internet, depois de manifestações acalentadas de altos dirigentes de nossas entidades a respeito da reunião do dia 9 no Rio.

Tem ficado evidente que uma das principais causas de nossa desunião é essa perniciosa fogueira de vaidades, inteligentemente explorada pelos nossos adversários, especialmente a partir de 1995 quando Ximenes lançou o famigerado plano “A hora da verdade”.

Conforme escrevi na época, em meu livreto “O Banco do Brasil: sobrevivencia ou privatização”, editado pela ANABB, uma das principais metas era provocar a quebra do “esprit de corps” do funcionalismo, da isonomia e da solidariedade que alicerçavam o coleguismo reinante e faziam com que todos lutassem juntos pelas mesmas reivindicações.

Procurou-se, com sucesso, dividir o funcionalismo com a criação de diversos segmentos diferentes, os chamados pré e pós isso ou aquilo, de maneira a gerar ciumeiras e indisposições internas.

Para encurtar a história - minha proposta neste blog é nunca me alongar -ultimamente tudo ficou mais complicado na medida em que, a partir de 2003, com o governo Lula, o grupo do movimento sindical se fortaleceu e passou a atuar nas duas pontas: no lado de cá, como representante do funcionalismo, e no lado de lá, como dirigentes do Banco, da Previ e da Cassi.

Isso fez, por exemplo. que Luiz Oswaldo, que antes fora ferrenho defensor das nossas reivindicações no GAREF, virasse o pior Vice Presidente de Recursos Humanos do BB, pior até que o Camargo.

E foi justamente Luiz Oswaldo que, no episódio da alteração estatutária da CASSI, respondeu por escrito que o BB havia escolhido como interlocutor a CONTRAF/CUT e a CONTEC para representar o funcionalismo da ativa e aos aposentados e pensionistas, pois não podia dialogar nem negociar com entidades que representassem grupos minoritários. Vejam só !

Nessas condições a nossa voz ficou prejudicada e temos que aprender a dançar essa música, mesmo que para nós soe como o samba do crioulo doido. Uma das maneiras é, sem dúvida, não repetir o fiasco da última eleição para a PREVI, quando os órfãos do renda certa e as injustiçadas pensionistas votaram em seus algozes.  Outra providencia é nos aproximarmos dos sindicatos e voltar a participar das assembléias e congressos do funcionalismo. E, sim, posso ser um sonhador, mas acredito que possamos nos unir em torno de nossos interesses comuns. Temos que buscar essa união sempre.

Do jeito que está me parece até que não vão adiantar sequer as reuniões programadas para o debate do superavit, pois a proposta do banco deverá ser similar a que eu divulguei ontem no blog, aberta pelos representantes da CONTRAF/CUT. Voltarei ao assunto.

PROPOSTAS SOBRE O SUPERAVIT

sábado, 11 de setembro de 2010

Ontem a AAFBB divulgou notícia sobre a reunião ocorrida no Rio com os eleitos da PREVI sobre a momentosa e tormentosa questão da distribuição do superavit.

Faltaram alguns detalhes importantes que nos interessam sobremaneira, no tocante a números e percentuais.

Como as reuniões se sucedem, uma atrás da outra, desde que, mediante louvável iniciativa do Adrião, entregamos ao novo presidente da Previ manifesto solicitando urgentes providências com vistas à solução do impasse relativo ao superavit, e face à reunião marcada para o dia 20 deste mes em São Paulo, vou adiantar alguns dados que podem subsidiar aqueles interessados em pressionar os dirigentes na compreensão e no atendimento de nossas justas aspirações.

Considero como o ponto de maior destaque na reunião do Rio, acontecida dia 9, a presença majoritária de representantes do movimento sindical. Além da Contraf Cut estavam ali representados 11 sindicatos ou federações. Dos 23 presentes, 13 eram dos sindicatos e todos da ATIVA.

E o que informaram ?  Que já haviam comunicado por escrito à Previ e o Banco do Brasil sobre seu posicionamento a respeito do superavit, aliás conforme notícia já veiculada no site da AAFBB dando conta de reunião da FAABB com os eleitos.

Sem consultar às entidades de aposentados ou à ANABB a CONTRAF CUT chegou à conclusão de que a distribuição do superavit deveria ser a seguinte: 8% para todos, da ativa e aposentados, por seis anos, a partir de agora, com um piso mínimo de R$ 500,00, mais um abono anual no valor de um benefício e a continuidade da suspensão das contribuições.

Essa proposta merece ser analisada e aperfeiçoada antes que se consolide oficialmente, pois não se pode esquecer que o Banco do Brasil escolheu a CONTRAF como nossa representante oficial nas negociações salariais e previdenciárias.

O Lahorgue, presidente da AFABB-RS, questionou de cara o porquê de não ter sido incluida na proposta a retroação a 2007 ou 2008, tendo em vista a existência do superavit desde essa época, que nos tem sido garfado.

Outra circunstância desaconselhável é se partir para uma negociação já com um piso abaixo de nossa expectativa , que era, no mínimo, de 10%. Deveria se propor 15 ou 12%.

O prazo fixo de seis anos também é questionável.

Aí ficam essas considerações para que os prezados colegas analisem e partam para a reunião do dia 20 em São Paulo, que é aberta a todos os interessados, com elementos para um debate mais amplo e mais justo.

Ainda voltarei ao assunto.

REUNIÃO SOBRE SUPERAVIT NO RIO

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Acabei de falar pelo telefone com o Presidente da AFABB-RS, Claudio Lahorgue, e de tarde nos encontraremos na sede da associação, para  uma conversa mais detalhada sobre a reunião de que participou no Rio com os eleitos da Previ para tratar do superavit.

Informou-me que estiveram presentes no encontro as associações de aposentados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, a Faabb, a AAFBB e a Contraf Cut.

A proposta apresentada por escrito pelos sindicatos, através da Contraf Cut, foi de uma distribuição do superavit de 8% para todos, com um piso mínimo de R$ 500,00 com vigência por seis anos, daqui para frente.

Lahorgue sugeriu que, caso essa proposta tivesse acolhida, deveria haver inicialmente um pagamento retroativo a que teríamos direito, e com relação ao futuro deveria haver uma avaliação a cada tres anos, pois o futuro é imprevisível. De tarde ficarei sabendo mais detalhes de sua sugestão que, conforme me disse, ficou de ser estudada, pois causou boa impressão.

Em meu entendimento, considero que houve uma garfada, de cara, em dois por cento do que seria no mínimo justo, 10% era o patamar esperado.  E a retroação é um direito impostergável e inalienável.

QUINTA FEIRA NA AABB-POA

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Toda quinta feira é dia de aposentado e pensionista frequentar a AABB de Porto Alegre, pois, depois de praticar esportes ou simplesmente espairecer, tem concorrido almoço no Galpão Crioulo feito por colegas experientes na arte da cozinha.

Hoje está um dia lindo de sol e é para lá que eu vou, às margens do Guaiba, no bairro Tristeza. Hoje vai ser comemorado os setenta anos do Celso Campos, presidente do Conselho Deliberativo e conhecido cantor nativista, um dos responsáveis pelo clima de companheirismo que predomina na AABB-POA. A ele os meus parabéns, extensivo a Maria e familiares.

Vou jogar tênis com antigos companheiros do Banco do Brasil, alguns com mais de cinquenta anos de convivência, pois ingressamos no banco em Uruguaiana nos idos de 1957.

Acho incrível que isso esteja acontecendo. Jogar tênis com 72 anos no meu caso é uma circunstância que me espanta positivamente, tendo em vista que com 20 anos tive um problema de pulmão e o médico me afirmou que nunca mais poderia praticar o esporte branco. Mas existem pessoas mais velhas, em boas condições.

Um milagre é o caso do colega Giffoni com 95 anos e participando, inclusive, de torneios de tênis no exterior, como aconteceu recentemente em San Diego, na California, EUA.

A equipe de tênis da AABB de Porto Alegre é campeã consagrada nos torneios do CINFAABB. Há vários anos tira o primeiro lugar nas duplas e ultimamente nas simples. Eu mesmo tenho medalhas nas CINFAABB de Florianópolis,2004, Recife, 2005 e Belo Horizonte, 2007, com o Claudio Chiele, o Jacyr Goulart e o Sebastião Carvalho. Em 2008 tive que abandonar o torneio em virtude do falecimento de minha mãe. Em 2009  e 2010 não consegui ir por ter assumido outros compromissos na mesma época.

A nossa dupla mais famosa é a do Miguel Soto e do Napoleão Tarragó.  Cláudio Ely, outro grande tenista, também foi campeão e o Russo ultimamente é o grande destaque da equipe.  Jacyr Goulart, além de também jogar com o Leo Barcellos, é o chefe da equipe.

O tênis é um exercício saudável e merece ser praticado pelos aposentados pois proporciona companheirismo e alegria, além de servir para aliviar as tensões, pois a gente procura descarregar tudo na bolinha.

Outro dia voltarei a comentar sobre o que  acontece mais na quinta feira na AABB. Vou falar de futebol e outras coisas.

DR. KRIEGER NA PARADA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O dr. Jorge Krieger de Mello é  presidente do Conselho Deliberativo da AFABB-RS há vários anos e conduz os destinos da associação com discernimento e braço forte.  No dia primeiro foi re-eleito para um mandato de mais dois anos.

Ontem, dia 7 de setembro, o dr. Krieger desfilou garboso na parada cívico militar de Porto Alegre, cheio de medalhas, num jipe aberto, à frente do batalhão dos pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira, da qual é também o presidente.

Ele não serviu na guerra. Não esteve na missão da Itália, que deixou diversos patriotas mortos nos campos de Pistóia.

Mesmo assim foi escolhido para presidente em virtude de sua combatividade e de seu ânimo na defesa dos interesses da classe.

Enquanto desfilava o comentarista da TV chamava a atenção para seu passado como funcionário do Banco do Brasil e seu prestígio como um dos principais advogados criminalistas do Estado, ao lado de Lia Pires e Amadeu Weimann, além de político consagrado, candidato ao Governo do Estado.

E´ uma honra, sem dúvida, contar com uma personalidade dessa envergadura nos quadros de nossa Associação.

Há pouco tempo o dr. Krieger sofreu duro revés com a perda de Helga, com quem era casado há sessenta anos, grande companheira de todas as horas, inclusive profissionalmente, e de quem sente muita falta.

E´uma satisfação ter o dr. Krieger como amigo e aliado, ele que me defendeu contra os diretores da PREVI e a SPC quando procuraram investir contra mim criminalmente por denúncia feita na operação de compra das ações do Banco do Brasil. A ação não prosperou, pois eu tinha razão.

A FÁBRICA DE DOSSIÊS DO GERARDO

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Acho que não deu em nada a denúncia estampada pela VEJA de que a PREVI era uma fábrica de dossiês a serviço do PT.

A audiência no Senado, que seria realizada semana passada, onde se pretendia ouvir e fazer uma acareação entre Sergio Rosa e Gerardo Santiago ficou prejudicada porque, ao que parece, segundo noticiou a imprensa, nenhum dos dois se dispôs a comparecer e nada havia que os obrigasse nos dispositivos legais a respeito.

Vai ficar tudo por isso mesmo ?  Ou como se costuma dizer, vai virar pizza ?  O estardalhaço serviu apenas para o Gerardo ter o seu momento de divulgação nacional ?  Um instrumento de poder e de desvio de função que se arrependeu depois que caiu na desgraça, segundo dizem ?

Chamou a minha atenção nesse triste caso ,envolvendo mais uma vez a nossa PREVI, que o Gerardo fez referência à Veja que se muniu de elementos informativos que faziam parte de um documento do conselho fiscal sobre os investimentos irregulares existentes no fundo de pensão.

Nessa época eu era conselheiro fiscal da Previ, meu mandato foi de 2002 a 2006, e na ocasião em que se deu a investigação na CPI por parte de ACM Neto eu era o presidente do conselho. Foi o período que eu chamo de OLHO DO FURACÃO em meu livro o Conselho Fiscal nas empresas e nos fundos de pensão.  Um período tenebroso, cheio de lances terríveis, como o do Pizzolatto, envolvido no mensalão.

Esse documento realmente existiu e foi criado tão logo assumi como conselheiro fiscal em agosto de 2002, baseado em sistema de acompanhamento de operações anormais que tínhamos no Banco do Brasil de Uruguaiana. quando eu era advogado da Agência.

As informações colhidas pelo Gerardo faziam parte do dossiê referente ao Complexo Hoteleiro Costa do Sauípe, onde o favorecimento inicial para a Construtora Norberto Odebrech é evidente e sofreu notória influência do Governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães.

Mais tarde voltarei a comentar sobre Sauípe, cuja novela ainda continua, infelizmente, e parece que quanto mais avança pior fica para nós, os participantes da PREVI.

MORREU ANTONINHO

sábado, 4 de setembro de 2010

Acabei de chegar do cemitério São Miguel de Almas onde ocorreu o enterro do Antoninho, às 10,00 horas, colega aposentado do Banco do Brasil, que morreu com 91 anos.

Antonio Joaquim Gomes Filho era uma figura peculiar que conheci quando exerci a presidencia da AFABB-RS, há dez anos, lá pelo início do século, em 2.000.

Ele, então recém feitos oitenta anos, passava por fase depressiva e tinha vontade de morrer. Sentia solidão e falta de interesse pela vida, pois seus hobbies principais, música, filmes, livros, já não lhe satisfaziam.

Vivia no centro de Porto Alegre e não tinha mais segurança de andar pelas ruas, como também sua única referência fora de casa era a Agência Centro do Banco do Brasil, onde comparecia quase que diariamente.

Foi quando descobriu a sede da AFABB-RS e aí descobriu nova razão de viver, em virtude do apoio que recebeu de mim e das funcionárias, além de rever antigos colegas.

Costumava dizer que a AFABB-RS era um oásis no centro, um bálsamo, um lugar onde espairecia e recuperava seu equilíbrio psíquico.

Muito religioso, devoto de Santo Antonio, levou para a AFABB-RS imagem do santo e do Coração de Jesus, e foi lá com um padre para a benção correspondente.

Grato pelas atenções e pelos serviços jurídicos recebidos constantemente, pela ajuda na solução de litígios eventuais, contribuiu efetivamente para a instalação melhor do departamento jurídico e por isso a sala do consultor recebeu o seu nome e sua fotografia em cerimonia realizada no ano passado.

Adoeceu gravemente há quatro meses, Antoninho morreu com idade avançada, que não deixava transparecer, e deixa saudades.

ESCANDALOS DE NOVO NA PREVI ?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não estou gostando das notícias que estão saindo na imprensa sobre a PREVI desde que tomou posse a nova diretoria.

Então essa de que a Previ, junto com a Petros e a fundação da Caixa Federal, vai investir no trem bala, que vai ligar o Rio a São Paulo, é uma péssima notícia.

Trata-se de um investimento com maturação calculada em cerca de trinta ou quarenta anos, que só a partir dai poderá dar lucro, e que exigirá aportes de , no mínimo, trinta bilhões.

Portanto não é indicado para um plano como o nosso , em extinção, que não terá nenhum participante vivo nessa época, segundo se calcula.

Todos devemos rechaçar esse tipo de investimento duvidoso e essas aventuras que já geraram prejuizos para o nosso fundo de pensão, a exemplo de Sauípe, o parque de Aparecida, hospital em São Paulo, terminal portuário em Santa Catarina, Telebrás e tantos outros.

Esses escandalos aconteceram na ocasião em que participava da administração da Previ o atual diretor de planejamento, Vitor Paulo, que assumiu em junho, eleito pelos participantes.

Aguardamos que, agora, com mais experiencia, o diretor consiga navegar com mais sorte nas águas sempre revoltas da Previ e afaste a imagem desses escandalos do passado.

Por sinal, um dos mais badalados, o do Opportunity, do banqueiro Dantas, segundo a revista Isto E´ Dinheiro, aplicou duro revés à Previ, pois, por tres a zero, a Justiça do Rio confirmou a validade da arbitragem, que obriga o nosso fundo de pensão a entregar cerca de 2 bilhões de reais em ações da Vale à empresa Elétron controlada pelo Opportunity.

Lá se vai mais uma parcela do patrimonio que ajudamos a construir, com tanto sacrifício, ao longo dos anos. Vamos ficar atentos.

SUPERAVIT DA PREVI

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Foi marcada importante reunião no Rio de Janeiro para a próxima semana, dia 9 de setembro, a fim de tratar sobre a questão do superavit da PREVI.

O Banco do Brasil não perde tempo e se apropriou de mais dois bilhões neste semestre. Alega, como sempre, que não retirou os recursos, não se trata de “caixa”, mas de mera expectativa, uma simples operação contábil. Ora vejam só…

Enquanto isso os verdadeiros donos da PREVI, que são os aposentados e as pensionistas, ficam chupando o dedo, sem desfrutar do superavit, a não ser através da suspensão das contribuições mensais para o fundo.

Essa situação poderia não estar acontecendo se tivesse sido aceita a minha proposição, feita há tres anos, de distribuição mensal de um percentual de 10% para todo o mundo, a exemplo do que fez a VALIA.  Fui muito criticado porque chamei de um abono, que seria dado enquanto durasse o superavit. Mas que dessem qualquer outro nome, mas distribuissem os valores que fazem tanta falta e que muitos jamais verão porque vieram a falecer nesse período, inclusive nosso primeiro presidente Onésimo Duarte.

Agora essa proposta volta a ser debatida depois que uma pesquisa nacional revelou ser a preferida da maioria dos aposentados e pensionistas.

O que não pode continuar é essa indefinição. A PREVI tem a obrigação de revisar os benefícios para cima a fim de que o superavit diminua e se os diretores não o fizerem devem ser responsabilizados por isso, inclusive criminalmente. Tenho uma ação judicial de cumprimento e responsabilidade quase pronta nesse sentido.

POSSE DA DIRETORIA DA AFABB-RS

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Hoje foi a posse da diretoria da AFABB-RS para o bienio 2010/2012 e também do Conselho Deliberativo.  Não houve nenhuma alteração. Ficou todo mundo, pois não se apresentou nenhuma outra chapa para concorrer.

Isso demonstra duas coisas, em minha opinião: que existe consenso sobre a boa condução da associação e que não se está efetuando a necessária renovação dos quadros diretivos.

Não é fácil encontrar aposentado ou pensionista disposto a trabalhar pela defesa dos interesses da classe.

Há natural comodismo justamente por causa da idade e da fase, demonstrado inclusive por ocasião das eleições, quando o comparecimento é bastante baixo.

Entretanto, nunca foi tão importante participar ativamente das associações de aposentados e pensionistas, pois cada vez mais se procura atropelar direitos adquiridos e se apropriar indevidamente de recursos indispensáveis à sobrevivência, como no caso da CASSI e da PREVI.

De minha parte tinha vontade de pendurar as chuteiras, mas convidado pelo Presidente Lahorgue ainda fico um tempo na consultoria jurídica, que está assoberbada de problemas face à disposição do Banco do Brasil de resistir e contra-atacar nas ações judiciais promovidas contra a PREVI.  Não é hora de abandonar o barco. Que Deus ajude a todos nós a cumprir bem a nossa missão.