PROPOSTAS SOBRE O SUPERAVIT

sábado, 11 de setembro de 2010

Ontem a AAFBB divulgou notícia sobre a reunião ocorrida no Rio com os eleitos da PREVI sobre a momentosa e tormentosa questão da distribuição do superavit.

Faltaram alguns detalhes importantes que nos interessam sobremaneira, no tocante a números e percentuais.

Como as reuniões se sucedem, uma atrás da outra, desde que, mediante louvável iniciativa do Adrião, entregamos ao novo presidente da Previ manifesto solicitando urgentes providências com vistas à solução do impasse relativo ao superavit, e face à reunião marcada para o dia 20 deste mes em São Paulo, vou adiantar alguns dados que podem subsidiar aqueles interessados em pressionar os dirigentes na compreensão e no atendimento de nossas justas aspirações.

Considero como o ponto de maior destaque na reunião do Rio, acontecida dia 9, a presença majoritária de representantes do movimento sindical. Além da Contraf Cut estavam ali representados 11 sindicatos ou federações. Dos 23 presentes, 13 eram dos sindicatos e todos da ATIVA.

E o que informaram ?  Que já haviam comunicado por escrito à Previ e o Banco do Brasil sobre seu posicionamento a respeito do superavit, aliás conforme notícia já veiculada no site da AAFBB dando conta de reunião da FAABB com os eleitos.

Sem consultar às entidades de aposentados ou à ANABB a CONTRAF CUT chegou à conclusão de que a distribuição do superavit deveria ser a seguinte: 8% para todos, da ativa e aposentados, por seis anos, a partir de agora, com um piso mínimo de R$ 500,00, mais um abono anual no valor de um benefício e a continuidade da suspensão das contribuições.

Essa proposta merece ser analisada e aperfeiçoada antes que se consolide oficialmente, pois não se pode esquecer que o Banco do Brasil escolheu a CONTRAF como nossa representante oficial nas negociações salariais e previdenciárias.

O Lahorgue, presidente da AFABB-RS, questionou de cara o porquê de não ter sido incluida na proposta a retroação a 2007 ou 2008, tendo em vista a existência do superavit desde essa época, que nos tem sido garfado.

Outra circunstância desaconselhável é se partir para uma negociação já com um piso abaixo de nossa expectativa , que era, no mínimo, de 10%. Deveria se propor 15 ou 12%.

O prazo fixo de seis anos também é questionável.

Aí ficam essas considerações para que os prezados colegas analisem e partam para a reunião do dia 20 em São Paulo, que é aberta a todos os interessados, com elementos para um debate mais amplo e mais justo.

Ainda voltarei ao assunto.

3 comentários:

Raposo disse...

1. Os aposentados e pensionistas só deveriam ser representados por suas Associações, no caso, pela FAABB. Qualquer outra interferência externa deve ser repelida por nós. Isso é ponto pacífico.
2. O fato de o Banco ter escolhido só a Contraf-Cut e a CONTEC para falar em nosso nome, expõe a FRAGILIDADE DA NOSSA REPRESENTAÇÃO.
3. Se, em vez de ficarmos dispersos e divididos em disputas internas, estivéssemos ORGANIZADOS E
UNIDOS, numa entidade NACIONAL, COM REPRESENTAÇÃO DE FATO, o Banco não teria ousado nos relegar. E, se tivesse tentado, poderíamos ter respondido.
4. No estado atual, essa entidade NACIONAL seria a FAABB. Mas essa estrutura de ela representar outras entidades, é falha e fadada ao fracasso. Além de não termos UMA entidade que nos represente e UNA - individualmente - a nível NACIONAL (A FAABB representa associações e não as pessoas), esse tipo de estrutura em Federação favorece e alimenta as disputas internas.
Raposo

Pedro Paim disse...

Caro Medeiros,
Precisamos respostas para algumas questões:
1) quem já está sendo beneficiando com o aumento do teto de benefício de 75 para 90% vai ser novamente beneficiado por essa proposta da CONTRAF, tendo novo aumento de 8%?
2) não seria mais lógico estender o Beneficio Especial de Remuneração para todos os participantes, assistidos e pensionistas?

3) Quem vai representar os aposentados nas "negociações", se é que já não está tudo decidido entre o Banco e a CONTRAF?
Pedro Paim - Salvador(BA)

Medeiros disse...

Quanto às colocações do colega Raposo, como sempre, são válidas, pois a medida que ficamos dispersos em várias frentes nosso poder de negociação fica vulnerável.
Quanto às colocações do colega Paim, igualmente tem razão no ítem 2 e no ítem 3, pois se a Contraf está afinada com o Governo devem ter havido conversações e entendimentos a respeito do superavit.