Estou de volta a Porto Alegre. Viagem tumultuada. Mau tempo no Rio. Turbulência. Problemas no Othon Palace, hotel onde fiquei hospedado. Clima pesado na Previ.
Já haviamos nos estranhado em duas oportunidades. Uma delas durante encontro de dirigentes de associações na Previ, no início do ano de 2013, e outra no final do ano quando houve a novembrada. Sempre me cumprimentava de lado e azedo. Fazer o quê ?
Recentemente ocorreram duas situações desagradaveis. A primeira foi com a aprovação dos bônus de remuneração variavel em agosto. Deplorei a nota dele, arrogante, inadequada, desproporcionada, procurando se auto elogiar, dizendo que os valores eram devidos pela alta capacidade dele e dos demais diretores indicados.
E agora permitiu que saísse no site da Previ nota criticando a postura de conselheiros deliberativos, Carvalho e eu, bem como de conselheiro fiscal, William, por terem assinado manifesto meramente preventivo no Congresso da Abrapp. Procurou insinuar que o manifesto prejudicava negativamente a imagem da Previ, que nada tinha a ver com os demais fundos, pois possuía uma governança exemplar. Criou se um tumulto e, em meu entendimento, houve quebra de hierarquia na Previ. O Conselho Deliberativo está acima da Diretoria. O noticiário negativo nada tem a ver com o nosso manifesto. É produto de situações delicadas como a da participação da Previ na Sete Brasil, uma das empresas envolvidas na operação lava jato, que examina a corrupção na Petrobrás.
Estou curioso para saber quem vai ser o novo presidente do BB e da Previ. Espero que na Previ seja uma pessoa com uma comunicação muito melhor do que o Dan Conrado, e que saiba lidar com o Jurídico da Previ com mais discernimento, áreas sujeitas à Presidência.
Sinceramente, para mim, Dan Conrado, que se despediu antes das festividades de final de ano, não deixa saudades. Leva na sua bagagem a perda do BET, o retorno das contribuições, a cobrança agressiva da cesta alimentação, a falta de limitação do teto e a remuneração variavel exorbitante da diretoria, além de infelicidades em alguns investimentos, como, por exemplo, na empresa do EIKE.
Espero que o Joaquim Levy intervenha nessa nomeação. A ausência da Dilma no ato de divulgação do novo tripé da economia foi lamentável. Agora se discute quais os limites da autonomia do novo ministro. Pode ?
Vamos que vamos.