Eu tenho uma antiga rixa com a comunicação da Previ para com os participantes. Acho que ela deixa a desejar sob vários aspectos. Além de ser pouca informação, é mal conduzida. Não tem por foco o interesse do participante, trazer informações relevantes para os associados. Preocupa se essencialmente em defender os atos dos gestores e os interesses em jogo no fundo de pensão. Deixo claro que essa é a minha opinião eminentemente pessoal. E faço aqui e agora esse registro, também em caráter pessoal, com a intenção sincera de colaborar para a melhoria dessa comunicação.
Por ocasião das notas sobre os bônus concedidos à diretoria, no ano passado, quando saiu inclusive uma manifestação um tanto agressiva do então presidente Dan Conrado, comentei o assunto no CD, demonstrando o meu entendimento do que deveria mudar na comunicação, especialmente no trato com os participantes do fundo, tratados como meros assistidos. Nada adiantou.
Na parte final da nota da Previ tem uma advertência inoportuna e inadequada, chamando atenção, segundo Isa Musa Noronha, presidente da FAABB, "em tom de ameaça", para os riscos que decorrem aos participantes por ingressarem com ações infundadas, com custos e consequencias para eles, bem como para o fundo que é obrigado a efetuar despesas para se defender.
Isa Musa reagiu e respondeu essa insinuação com veemência e indignação. Em certa parte de sua nota, a presidente da FAABB, afirma:
"Assim, ledo engano de quem redigiu a nota da Previ. Não estamos dispostos a aceitar de maneira subserviente suas veladas ameaças ou intimidações. Historicamente temos dentre nossos companheiros pessoas de ilibada reputação, competência, conhecedores dos problemas referentes a Previ e conhecimento jurídico suficiente para saber das responsabilidades relativas a procedimentos judiciais.
Como idosos muito contribuímos , não somente pelo engrandecimento da empresa Banco do Brasil, como até hoje continuamos, com nosso conhecimento, experiência e espírito de luta, a participar ativamente da sociedade em que vivemos. E estamos preparados e motivados para a defesa de nossos direitos sem nenhum temor de erros involuntários ou derrotas jurídicas, pois a justiça nem sempre é justa. Mas "si causa nostra justa est, pro nobis Deo".
Que necessidade tinha a Previ de provocar ou de atiçar os ânimos ? Bem dizia o Chacrinha que quem não se comunica se trumbica.