O BB E A CASSI

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Em fevereiro de 2008, o então vice presidente do BB, Aldo Mendes, declarou o seguinte numa entrevista:


“ Houve necessidade de reajuste do Estatuto do Plano de Assistência Médica de forma que ficasse muito claro nesse novo Estatuto que o Banco não tem obrigações futuras com esse plano, isto é, nós temos a obrigação que está ali, no Estatuto...  No Estatuto anterior isso não era muito claro... Se lá na frente o plano tivesse um déficit o Banco poderia ser chamado a arcar com esse déficit.  Isso não acontecerá mais.  Portanto, foi uma outra questão muito importante. Estamos evitando custos futuros para o Banco.”

Querem uma declaração mais cristalina do que essa ?  

O vice presidente Aldo Mendes estava explicando ao mercado as novidades apresentadas pelo BB para melhorar o seu balanço e dar mais lucro.  Repito: “Estamos evitando custos futuros para o Banco”.

Por aí se pode comprovar facilmente o verdadeiro propósito do BB para com a CASSI ao realizar a mudança estatutária de 2007, que foi aprovada em votação pelo quadro social, apesar de algumas vozes discordantes como a do mestre Rui Brito e a minha.

No meu protesto judicial de ressalva de direitos eu menciono essa declaração espúria do vice presidente do BB, que foi logo depois promovido a diretor do Bacen.

Naquela ocasião outra declaração causou espanto e indignação. Foi a do vice presidente Luiz Oswaldo que afirmou que “ o BB não tem obrigação de garantir a Cassi como plano de saúde, mas sim o de oferecer aos funcionários da ativa assistência à saúde “, excluindo os aposentados.

Atualmente Luiz Oswaldo é nada menos do que o Presidente do Conselho Deliberativo da poderosa ANABB, a raposa dentro do galinheiro, segundo alguns, o que talvez explique as reclamadas omissões e atitudes da Anabb, como a questionada reunião dos notáveis ex dirigentes da Cassi.

O que o BB fez e está fazendo com a Cassi nasceu em 2007. 

Fomos embrulhados em 2007. Vamos agora ser embrulhados de novo ?

26 comentários:

Anônimo disse...

Prezado dr Medeiros

O dr. se supera a cada texto. Esse é história. Merece ser reproduzido.

Adherbal

Anônimo disse...

Prezado dr Medeiros

O dr. se supera a cada texto. Esse é história. Merece ser reproduzido.

Adherbal

torbes gambarra disse...

Vamos em frente, a continuar dessa maneira brevemente ficaremos sem a CASSI.

Anônimo disse...

Aí está a prova de que o Medeiros tem razão quando chama o BB de vilao. O BB só pensa na quilo, no lucro.

Anônimo disse...

E achavam que o dr. ia nos abandonar ? Felizmente eles responderam a carta renúncia e os infiltrados tentam incomodar no blog. O dr. não tem sangue de barata. É da fronteira. Bravos.

Rubem

Humberto disse...

Negociações Cassi:
Examinando a proposta apresentada pelo BB, faço os comentários a seguir:
O BB propõe:
a- cobrança por dependente de associado da Ativa, com subsídio pelo BB de 60% do valor cobrado, por até o valor mínimo do Cassi Família, sem qualquer vinculação a faixa etária , limitado a 3 dependentes;

b- cobrança por dependente de associado Aposentado, também pelo valor mínimo do Cassi Família, sem qualquer vinculação a faixa etária , limitado a 1 dependente;
c- valor simbólico de cobrança por dependente, a partir do 4 , no caso dos Ativos e a partir do 2 , no caso dos Aposentados, por exigência regulatória;
d- limitação de cobrança total (por titular e dependente) a 10% da renda do Associado, limite que constitui teto e não referencia de custeio.
Dai comento o seguinte:
O BB não informa na proposta qual o índice de reajuste anual da cobrança por dependente, seja no caso dos Ativos e no caso dos Aposentados.
Será por esquecimento ou propositadamente?
Então, caso o reajuste seja feito pelo mesmo índice de reajuste dos benefícios (no caso dos Aposentados) ou pelo índice de reajuste dos salários (no caso dos Ativos), seria uma opção menos onerosa.
Porém, aí está a grande dúvida, se o reajuste, em ambos os casos, Aposentados e Ativos seja pelo índice de reajuste aplicado nos Associados do Cassi Família, cujo valor mínimo serve para cobrança dos dependentes,
índice este autorizado anualmente pela ANS, com base na inflação dos custos da saúde, sempre elevadíssimos, dentro de poucos anos, tanto os dependentes de Aposentados como os da Ativa estariam enquadrados no item d- da proposta, ou seja, no valor máximo de10% da renda do Associado.
Tal situação poderia levar até mesmo a desistência de parte de alguns dependentes, por não poder dispor de 10% de sua renda mensal para cobertura do plano de saúde.
Comparando com o quadro atual, temos que o Associado, tanto Ativa como Aposentado arca com 3% de seu benefício, mais 1% adicional até final de 2.019, e o BB contribui com 4,5% da massa salarial dos Ativos e Benefícios dos Aposentados, além da contribuição extraordinária até final de 2.019, conforme acordo entre as partes firmado no final de 2016.
Assim, numa singela apreciação da proposta apresentada pelo BB, os Aposentados e os da Ativa, brevemente também se tornam Aposentados, arcariam com a maior parte dos custos de manutenção da Cassi, com enorme redução de seus benefícios.
Caso esteja incorreto nesse raciocínio, apreciaria e muito receber comentários mais elucidativos e correções ao tema posto a discussão.

Anônimo disse...

Prezado dr. Medeiros,
Eu e alguns colegas aqui da minha cidade temos interesse em participar dessa ação de ressalva de diretos. O colega vai entrar com a ação individualmente ou estaria disposto a incluir outros colegas...?

Anônimo disse...

Límpido como água cristalina o artigo do Dr. Medeiros, e acredito que isto enseja reafirmar: o BB citado de 2007 para cá nada tem a ver com aquele de 1966, quando ingressei em seus quadros.
Na verdade direcionou sua missão para concorrer com a rede privada e obter lucro sobre lucro, abandonando a nobreza da função de fomentador do desenvolvimento nas paragens mais inóspitas de nossa pátria.

Francisco

Medeiros disse...

Vou. Dar oportunidade de adesão, com certeza. A ação inclusive adquire robustez quanto mais autores participarem. Estou reunindo material, ainda faltam alguns documentos. Avisarei oportunamente.

Anônimo disse...

Caro Doutor,

Qual o custo da adesão?

Boa noite!

Anônimo disse...



De que se trata essa Ressalva de Direitos? Eu faltei nessa aula, por favor dá pra recapitular????

Marly

Medeiros disse...

Custo mínimo, processo barato, não preocupa.

Alguém responda as ponderações do Humberto Stumpf. Merece aprofundamento.

Anônimo disse...

Esse post é uma brilhante contribuição sua para a compreensão do que se passa na cabeça dos dirigentes do BB. Só esse texto já é suficiente para justificar a continuidade do blog. Mas vai ter mais. Vem aí o protesto judicial. Obrigado dr Medeiros. Voltou com tudo.

Oscar

Anônimo disse...

O Ari se incomodou com um chato infiltrado. Vai terminar com anônimos. E. Um erro. Não vou poder postar mais. Ele deve voltar atrás.

Anônimo disse...

É. Verdade, dr. eles se infiltraram. Estão lá dentro da Anabb. O Luiz Oswaldo é do PT assumido. O que faz na Anabb ?

Anônimo disse...

O Humberto tem razão. A conta da CASSI vai ficar para os aposentados pagar. O BB está se escapando com base no estatuto.

Carlos Magno ES

Anônimo disse...

Caro dr Medeiros

Está na hora de fazer outra novembrada. Pense nisso.

Seriamente.

Temos que chamar atenção da imprensa para a Previ e a Cassi.

Anônimo disse...

Mestre,

Obrigado por estar conosco. Valeu. Post nota dez. Merece ser multiplicado.


Adroaldo AM

Anônimo disse...

Dr. Medeiros e colegas,

O problema da Cassi é sério. Essas mudanças a gente querendo ou não elas vão acontecer. De que forma que elas vão acontecer não sei. Confiar em dirigentes de instituições representativas do funcionários que se dizem "nossos representantes" não esta fácil. Temos colegas realmente notáveis. Cito o senhor como referência dentre outros, mas que são alijados das tratativas tão importantes para nós. No caso ficamos órfãos pois a maioria que estão estão ali são oriundos do sindicalismo e do PT. E o pior é que praticamente 100% dos funcionários do BB ajudaram a eleger o Lula e o PT. Estamos sozinhos. Que Deus nos ajude.

Anônimo disse...

Mui Digno Doutor José Bernardo de Medeiros Neto,

Esse processo será realizado pela AFABB-RS ou diretamente pelo Doutor?

Sou associado da AFABB-RS.

Saudações

Ghost Writer

Anônimo disse...

Dr. Medeiros,
Sou aposentado e vejo que a situação econômica de muito de nós, pelo que vejo no blog, é de penúria e essa alteração proposta na Cassi pode piorar mais a situação.
Considerando o acima exposto e se chegarmos ao ponto da cobrança sobre os dependentes dos aposentados vier a acontecer eu sugiro que essa cobrança pelo menos não seja feita sobre os dependentes constantes do imposto de renda, para não sacrificar mais ainda os que tem somente uma fonte de renda familiar.
Dr. Medeiros, não sei se vale essa sugestão e se ela deve ser publicada.
Choramingar sem dar uma sugestão que fizer sentido para que seja catalogada e quem sabe aproveitada. Fique a vontade pois só escrevo como anônimo mas responsável. Tem gente que não gosta de anônimo.

Medeiros disse...

Ainda não sei se a Afabb RS vai aderir ao protesto. É preciso decisão de diretoria. Eu vou fazer, em princípio, para mim mesmo. Em causa própria.

Jairo disse...

Em minha região ( Vale do Paraíba ), ter o plano Cassi não significa quase nada. Poucos credenciados continuam a atender e o hospital referência , o Regional em Taubaté sequer atende no PS. Lamentável. Estou migrando para outro plano .

Anônimo disse...

Observem que a ANS ainda não divulgou o índice de reajuste dos planos de saúde nesse ano. Apesar disso, recebi hoje comunicado do reajuste do Cassi Família II da minha filha, o índice será de 9,05% a partir de junho/2018(aniversário do plano).

Por que isso acontece?

Porque o Cassi Família II é um plano coletivo empresarial sem patrocinador, e NÃO É REGULADO PELA ANS, conforme consta no site daquele órgão:

"Planos de saúde coletivos empresariais

Nos planos de saúde coletivos empresariais, contratados por intermédio de uma pessoa jurídica (ex: a empresa onde você trabalha), os reajustes não são definidos pela ANS. Nesses casos, a Agência apenas acompanha os aumentos de preços. Eles são reajustados através de livre negociação entre a operadora do plano de saúde e o representante do grupo contratante (empresa, fundação ou associação) e a ANS não interfere nessa negociação. Todos os demais aspectos referentes aos planos coletivos (redes conveniadas, qualidade dos serviços assistenciais prestados, etc) são regulados pela ANS."


fonte:http://www.ans.gov.br/component/content/article/48-perguntas-frequentes/754-como-saber-se-o-aumento-de-preco-da-mensalidade-do-plano-de-saude-esta-correto

José Roberto Eiras Henriques disse...

Medeiros,
Dentre o conjunto da maldades que o Banco está propondo aos associados para viabilizar a perenidade da CASSI, uma delas entendo que não podemos de maneira alguma acatar e a considero como a cereja do bolo para o Banco, a implantação do Voto de qualidade ao patrocinador. Se aprovada será o tiro de misericórdia na nossa CASSI, pois com ela o Banco poderá revogar ou alterar o Regulamento do Plano de Associados, restringindo nossa assistência médica.
Atualmente, a decisão de rever o Regulamento do Plano e o Regimento interno da CASSI é competência do Conselho Deliberativo composto paritariamente de conselheiros, indicados pelo BB e eleitos pelos associados. Se nenhum dos nossos se bandear para o lado do Banco, o patrocinador dificilmente poderá alterar o RPA.
Veja que os nossos representantes junto à mesa de negociação são: ANABB, FAABB,AFABB-DF, CONTEC e CONTRAF/CUT e, por incrivel que pareça, a Diretoria da CASSI está fora dessa negociação desiquilibrando o jogo.
Enquanto o Banco tem pleno conhecimento da situação financeira da CASSI, nossos representantes estão no escuro não podendo contar com informações dos diretores da CASSI pois estes estão sob o jugo da cláusula de confidencialidade.
O jogo é duro, não havendo espaço para amadores.
A solução que for aceita pelos negociadores deverá ser aprovada pelos associados através de Consulta ao Corpo Social, nós que vamos decidir que CASSI queremos e por quanto tempo.

Medeiros disse...

José Roberto,

O BB quer avançar na Cassi, seguindo o lema do Governo.

Olhe a nota do BB falando em esforço de comunicação. Que esforço é esse ?

Tua preocupação é válida. O voto de qualidade não pode passar.